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Quanto tempo leva para ficar fluente (e como chegar lá mais rápido)

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Uma das experiências mais frustrantes que você pode passar é quando você se esforça muito sem saber se esse trabalho todo vai dar resultado.

Com o aprendizado de idiomas a mesma coisa acontece.

Por isso ajuda muito a gente saber para onde o nosso esforço está nos levando e quanto tempo vai demorar para termos um retorno.

De acordo com o FSI (Foreign Service Institute), órgão diplomático americano, são necessárias de 600 a 2.200 horas investidas para alcançar a fluência, variando de acordo com a dificuldade do idioma: quanto mais difícil, mais horas necessárias. 

Mas, além do conceito de fluência ser bem abrangente, a quantidade de horas investidas podem ser mais ou menos eficientes, prolongando ou acelerando a fluência de acordo com alguns fatores que vou cobrir mais a frente.

Neste post você vai ver:

  • O que realmente significa ser fluente,
  • Quanto tempo leva para a fluência
  • Fatores que influenciam diretamente o quanto tempo você vai demorar para ficar fluente
  • O que você pode fazer para ficar fluente mais rápido.

◊ ◊ ◊

Como eu fiquei fluente em Francês em 3 meses

Quando eu digo que aprendi Francês em 3 meses, as reações são sempre as mesmas: ou a pessoa fica impressionada e me dá os parabéns, ou não acredita.

Mas a realidade é que aprender uma língua em 3 meses, principalmente uma que tem tanto em comum com o Português como o Francês, não é um objetivo tão utópico assim. E eu vou explicar o porquê.

O que muitas pessoas não percebem é que não importa a quantidade de anos que você estuda uma língua. O segredo está nas horas dedicadas.

Eu estudei 3 horas por dia, quase todos os dias, durante 3 meses e meio. Fiz isso porque estava extremamente motivado a aprender a língua.

Dois anos de estudo condensados

Ou seja, se contarmos as horas que eu investi aprendendo o Francês, que dá um pouco mais de 300, eu na realidade fiquei mais horas estudando do que uma pessoa que fez 2 anos de cursinho, estudando 2 a 3 horas por semana.

Somando a isso o fato de eu estar 100% focado, usando um método ótimo, e mantendo a constância nos estudos, é bem provável que as minhas horas investidas no aprendizado tenham sido até duas vezes mais eficientes do que a dos meus colegas em cursos presenciais.

Se for esse o caso, meu tempo de estudo dentro dos 3 meses foi equivalente a 4 anos de curso presencial em termos de eficiência.

Fluente mesmo?

Dito isso, eu não dominei completamente o idioma nesse período. O que eu alcancei foi o que eu chamo de fluência conversacional. Ou seja, eu conseguia conversar confortavelmente, sobre qualquer assunto que me interessasse, me fazendo entender e entendendo os outros sem muito esforço.

Meu objetivo não era ser perfeito e saber tudo da língua, e sim me comunicar de forma eficiente e confiante. Vamos explorar isso melhor mais a frente.

Se você quiser aprender Francês até 6 vezes mais rápido, recomendo fortemente esse curso gratuito.

Ele usa as mesmas técnicas que eu usei para acelerar o meu aprendizado do Francês, e é de graça. Acho que você vai gostar bastante.

◊ ◊ ◊

O que significa ser fluente?

Níveis de fluência

De acordo com o FSI, existem cinco níveis de proficiência:

1. Proficiência elementar (noção básica):

A pessoa é capaz de satisfazer as necessidades rotineiras de viagem e os requisitos mínimos de educação.

2. Proficiência limitada no trabalho (proficiência / nível funcional):

A pessoa é capaz de satisfazer demandas sociais de rotina e requisitos básicos de trabalho.

3. Proficiência profissional mínima (fluência):

A pessoa pode falar o idioma com precisão estrutural e vocabulário suficientes para participar efetivamente da maioria das conversas formais e informais sobre tópicos práticos, sociais e profissionais.

4. Proficiência profissional completa (domínio):

A pessoa usa a linguagem fluente e precisa em todas as situações normalmente pertinentes às necessidades profissionais.

5. Proficiência nativa ou bilíngue (domínio total / maestria):

A pessoa tem proficiência equivalente à de um falante nativo instruído.

A partir de qual nível posso me considerar fluente?

Nessa escala, eu chamaria o número dois de proficiência, o três de fluência, o quatro de domínio e o 5 de domínio total da língua.

Sempre que eu digo “fluência”, me refiro ao nível 3 nessa escala. Qualquer nível acima disso eu, particularmente, chamo de domínio ou maestria da língua.

Fluência conversacional vs perfeição linguística

Uma coisa que atrapalha muito hoje em dia é o foco dos cursos tradicionais, e até de quem aprende um idioma sozinho, em decorar regras gramaticais e falar com perfeição.

Perfeccionismo em exames é ótimo

Isso cria um vício péssimo nas suas conversas. Quando estamos fazendo um exercício de gramática, nosso processo mental geralmente é o seguinte:

  • Pensar nas possíveis respostas
  • Julgar cada uma gramaticalmente
  • Decidir a opção mais adequada
  • Escrever a resposta

Para uma prova escrita com uma hora de duração, não existe nenhum ponto negativo em seguir esse processo.

Pelo contrário, ele é o mais eficiente por garantir que você escreva a melhor resposta possível para melhorar a nota.

Perfeccionismo na vida real é péssimo

O problema é que em conversas, esse processo é talvez o pior possível que você pode passar porque a conversa fica chata, gera frustração, e te afasta da fluência conversacional. O resultado disso é um ciclo vicioso horrível:

  • Conversa ruim
  • Perda de motivação
  • Conversas cada vez piores
  • Desistência

Seguindo esse ciclo você vai continuar se tornando um expert no idioma, ao mesmo tempo que a sua fluência fica estagnada ou até decai. E só existe uma forma de sair desse ciclo: largar o perfeccionismo e praticar as seguintes coisas:

  • Quando não conseguir se lembrar de uma palavra, dizer a mesma coisa de outra forma.
  • Falar mesmo se achar que está errado, dando a chance da outra pessoa te ajudar.
  • Pedir ajuda à pessoa (ou ao Google em conversas online) ao invés de criar um silêncio esquisito
  • Fillers – Usar expressões como “hum…”, “é…”, “então…” para comprar tempo enquanto pensa no que dizer.

O mais importante

O mais importante desses pontos é você pedir (e aceitar) ajuda. Quanto mais você errar, mais chances terá de aprendizado, e quanto mais você se sentir confortável com os erros, mais fluida será a sua fala.

Meu foco quando aprendo uma língua é poder me comunicar de forma eficiente, me conectar com os nativos e me divertir. E a busca pela perfeição nunca me ajudou a fazer isso, pelo contrário. Além de extremamente frustrante e chato, é uma busca ineficiente quando o assunto é melhorar a fala.

Não basta ser, tem que parecer

Eu me lembro que, na época que eu estava no exército, fazendo o treinamento de formação de oficiais do exército, na EsPCEx, um tenente sempre dizia uma frase que grudou na minha cabeça: Não basta ser, tem que parecer.

Sempre que ele dava alguma “missão” para a gente, nós precisávamos não só cumprir o nosso dever, mas mostrar claramente que fizemos o trabalho e que o fizemos bem.

Quando você faz esforço sem demonstrar o esforço que fez, as pessoas não notam o quanto você trabalhou e, por isso, você não recebe o crédito devido.

O mesmo vale para a fluência em uma língua. Não importa o quão bem você saiba a gramática, o quão vasto é o seu vocabulário e até o quão confiantemente você fala, se você não tiver uma pronúncia boa, você não vai receber o crédito proporcional ao seu esforço e conhecimento.

A pronúncia é o que “vende” a sua fluência

Você talvez já tenha visto um gringo falando Português muito bem, só que com um sotaque forte. E é quase impossível não ter a impressão de que ele ainda fala mal.

É quase como se ele tivesse que provar para a gente que fala bem, para tirar a primeira impressão ruim que o sotaque causou.

O mesmo acontece quando um estrangeiro nos escuta. Eu não sei você, mas eu não quero gastar meses ou anos aprendendo uma língua para chegar no final e não ser reconhecido pelo meu esforço.

Eu lembro que, antes de aprender Francês, eu tinha decorado só duas frases, mas treinei para falar com a pronúncia perfeita.

E qual era a reação? Exatamente o oposto: Só de eu falar uma frase, os franceses que me ouviam já demonstravam surpresa com o “quão bem eu falava”, até eu explicar que na verdade só sabia algumas frases.

Esse é o principal motivo que me faz focar bastante em pronúncia. Apesar de realmente não ser o mais importante para o aprendizado é, de longe, o que mais “vende” a sua fluência.

◊ ◊ ◊

Quanto tempo leva para ficar fluente?

A resposta está nas horas e não nos anos dedicados.

Segundo o FSI (Foreign Service Institute), o instituto que aplica cursos de idiomas para diplomatas americanos, o tempo necessário para falar uma língua estrangeira varia de acordo com o grau de similaridade com a língua nativa da pessoa. Quanto maior a semelhância, menos tempo necessário para aprender.

As horas citadas abaixo são referentes ao tempo necessário para o nível de proficiência 3, mencionado anteriormente neste post:

Horas necessárias para a fluência de acordo com a dificuldade da língua:

Grupo 1 (600-750 horas): Francês, Norueguês, Italiano, Português, Romeno, Espanhol, Holandês, Dinamarquês, Sueco.

Grupo 2 (900 horas): Alemão, indonésio, Suaíli, língua malaia.

Grupo 3 (1.100 horas): amárico, cambojano, Tcheco, finlandês, Hebraico, húngaro, laosiano, polaco, russo, servo-croata, tailandês, Turco, vietnamita

Grupo 4 (2.200 horas): Árabe, Chinês, Japonês, Coreano

* Fonte (novembro de 2018): https://www.state.gov/fsi

** Essa lista categoriza línguas de acordo com a proximidade ou distância da língua inglesa. Portanto alguns idiomas, como o Norueguês e o Sueco, provavelmente mudariam de grupo se refizéssemos a lista com falantes de Português como foco. 

Quanto mais horas você estudar por semana, menos meses (ou anos) serão necessários para ficar fluente.

A tabela acima mostra quanto tempo de aprendizado é necessário para atingir o nível 3 de fluência, de acordo com a dificuldade da língua e a quantidade de horas dedicadas por semana.

É importante notar que uma pessoa estudando 3 horas por dia (ou 21 horas por semana) terá, ao final de 3 meses, mais horas de aprendizado do que alguém que passou 2 anos estudando 5 horas por semana.

Mas essas horas não precisam necessariamente ser gastas dentro de uma sala de aula, na minha opinião. Como vamos ver mais abaixo, você pode criar oportunidades de aprendizado sem nenhum estudo formal envolvido.

O poder da velocidade

Acumular as horas de aprendizado em um espaço curto de tempo, além de levar à fluência em menos meses, também diminui a quantidade de horas necessárias para chegar lá.

Quando você está estudando muitas horas por dia e tudo está fresco na cabeça é fácil fazer ligações de um aprendizado novo com algo aprendido na semana anterior, fortalecendo a lembrança dos dois.

Quanto mais anos você levar estudando, por outro lado, mais retrabalho terá revisando coisas antigas que esqueceu.

Variáveis que alteram a quantidade de horas necessárias para a fluência

Qualidade das horas estudadas

Uma pessoa estudando Inglês ao mesmo tempo que mexe no celular e conversa com a namorada vai demorar mais horas para ter o mesmo progresso que alguém 100% focado.

Existem alguns fatores que influenciam o quão eficientes são as suas horas de estudo.

Mais a frente veremos algumas formas de melhorar a eficiência das horas estudadas para ficar fluente mais rápido.

Sua habilidade e experiência individual

A questão do talento – Algumas pessoas realmente tem um certo “talento” para línguas. Porém, independentemente do talento com o qual você nasceu, você pode sempre melhorar a qualidade das suas horas estudadas e aumentar a quantidade delas. Foque no que está no seu controle, e não perca tempo com o que não estiver.

Bloqueio mental – As vezes a falta de habilidade com línguas é só um bloqueio psicológico, e não uma dificuldade com línguas em si. Os sintomas mais comuns dessa enfermidade são os seguintes pronunciamentos: “Estou muito velho para aprender…”, “Não nasci para idiomas…”. Crenças como essas, assim como o perfeccionismo linguístico já mencionado neste post são as causas mais frequentes da “dificuldade” no aprendizado.

Experiência anterior – Quanto mais idiomas você tiver aprendido, mais fácil será repetir o processo para uma nova língua.

“Dificuldade” da língua

Na verdade não existem línguas difíceis, e sim línguas diferentes. Quanto mais diferente, mais coisa nova a se aprender, portanto mais tempo de aprendizado necessário.

Vale lembrar que o mesmo é verdade para línguas estrangeiras que você já domina.

Por exemplo, para um brasileiro que só fala Português, talvez ele realmente precise de 2.200 horas para ficar fluente em Japonês, pela diferença dos dois idiomas.

Mas um outro brasileiro que já tenha domínio da língua Coreana, precisará de muito menos horas, por conta da semelhança das duas.

Se você quiser saber mais sobre esse tópico, eu escrevi um post sobre como aprender idiomas difíceis aqui no blog.

Seu nível de proficiência atual

Essa é autoexplicativa: quanto maiores forem o conhecimento e habilidade na língua, menos esforço será necessário para chegar à fluência.

◊ ◊ ◊

Como ficar fluente mais rápido

Método 01 – Aumentar o número de horas diárias aprendendo.

Método 02 – Fazer as suas horas de estudo serem mais eficientes.

Método 01 – Aumentar o número de horas diárias aprendendo (não necessariamente estudando)

 

Estude mais horas

Quanto mais horas você estudar por dia, menos meses ou anos serão necessários para você ficar fluente. Sendo assim, aqui estão algumas coisas que você pode fazer para estudar mais horas por semana:

  • Agendar mais aulas por semana.
  • Fazer um curso intensivo.
  • Estudar mais horas em casa e fazer mais lições por dia.

Essas dicas soam muito chatas? Calma que agora eu vou falar de outra forma de você aumentar o número de horas aprendendo por dia, sem precisar necessariamente estudar.

Aprenda sem estudar

Como já mencionei anteriormente, segundo o FSI você precisa de pelo menos 600 horas investidas para atingir a fluência em uma língua estrangeira.

Eles contam esse tempo como horas em sala de aula, mas eu acho que, contando que você esteja aprendendo, qualquer atividade conta. Algumas formas de aprender sem estudar:

  • Aprender com filmes e seriados
  • Aprender com vídeos no YouTube do seu interesse
  • Ler livros de ficção na língua desejada (ou livros infantis para iniciantes)

Se todos os dias você assiste a vídeos de comediantes brasileiros, você pode começar a assistir a vídeos de comédia na língua que você está aprendendo.

Se você costuma gastar uma hora por dia assistindo a esses vídeos, você vai ganhar 365 horas por ano de aprendizado.

Eu compartilho como usar vídeos casuais do YouTube para aprender idiomas nesse artigo.

Só se aprende o que se entende

Lembrando que não adianta você ver 10 horas de seriado em Inglês se você não estiver entendendo uma palavra dita.

Você só consegue aprender se conseguir entender.Então ficam aqui duas dicas cruciais para aprender “sem estudar”:

  • Escolha um material de fácil compreensão para o seu nível atual de proficiência.
  • Não só consuma o conteúdo, mas investigue as dúvidas e aprenda com ele. Use o app HiNative, para tirar dúvidas de graça.

Insira o idioma nas suas atividades de rotina

Já existem várias atividades que você faz todos os dias que você poderia simplesmente trocar ou adicionar o idioma à tarefa. Aqui estão alguns exemplos:

  • Ouvir um podcast enquanto você lava louça.
  • Revisar o áudio de uma lição enquanto você está no trânsito.
  • Ouvir músicas estrangeiras na academia ou fazendo exercício (tente decorar a letra das que você mais gosta).
  • Siga canais estrangeiros do seu interesse ao invés de seguir canais brasileiros (esse é o meu preferido).
  • Somente pesquise coisas na internet usando o seu idioma alvo. Quer saber como fazer suco verde? Experimente pesquisar em Inglês.

Fazendo essas pequenas mudanças você já consegue acrescentar de uma a quatro horas aprendendo a língua. E isso não por fazer um esforço extra, mas apenas por ter unido o útil ao agradável.

Lembre-se que a gente só aprende o que entende. Se você é totalmente iniciante, provavelmente um podcast não vai adiantar muita coisa, porque você não vai entender nada. Respeite o seu nível de proficiência atual.

Faça um intercâmbio

Com um intercâmbio você vai conseguir as três práticas que eu acabei de mencionar de uma vez só:

  • Mais horas estudadas, dentro do curso.
  • Mais horas praticando, no dia a dia.
  • Idioma inserido em todas as atividades de rotina.

É por isso que quem faz intercâmbio normalmente aprende mais rápido.

Se você tem o dinheiro, recomendo considerar agendar um. Só não fique preso no grupinho dos brasileiros falando só Português o dia inteiro!

Estude um idioma por vez

Se você dividir a quantidade de horas de aprendizado diário com um segundo idioma, você vai demorar o dobro do tempo do que demoraria para ficar fluente se você dedicasse 100% do tempo de aprendizado a uma língua só.

Se você realmente quiser ir por esse caminho, eu escrevi um post sobre como aprender mais de uma língua ao mesmo tempo.

◊ ◊ ◊

Método 02 – Fazer as suas horas de estudo serem mais eficientes

Qualidade é mais importante que quantidade”    Steve Jobs

Quanto mais eficientes forem as horas estudadas, menos horas serão necessárias para a fluência. Seguindo a risca essas dicas aqui essas horas podem ser diminuídas drasticamente.

Concentração

Segundo esse estudo da Gloria Mark na University of California, depois de uma interrupção a gente leva em média 23 minutos e 15 segundos para voltar a 100% da nossa concentração na tarefa interrompida.

Quanto mais distrações você tiver, menos eficiente você vai ser.

Então não adianta nada você estudar 3 horas e ficar mexendo no seu celular a cada 2 minutos para ver uma mensagem. É melhor estudar 30 minutos com foco total, do que 3 horas, respondendo mensagem, vendo TV e conversando com a galera da casa.

Use a técnica Pomodoro

Uma técnica ótima que pode te ajudar nisso é o Pomodoro, onde você cronometra 25 minutos para se concentrar, e 5 minutos para se distrair a vontade. Eu costumo fazer 50 minutos para 10 de intervalo. Assim você contém a distração e otimiza a concentração.

Algumas dicas extras:

  • Não force a barra. Estude por um tempo que você saiba que vai conseguir manter a concentração.
  • Use a técnica do pomodoro para conter a distração e se concentrar melhor. Recomendo essa extensão no Chrome, ou esse app no celular.
  • Coloque o celular no modo avião e em outro cômodo quando estiver estudando.

Revisão

Não adianta aprender um monte de coisa e depois esquecer tudo. É como se as horas investidas aprendendo sumissem e você tivesse que “refazer” as horas, adiando a sua fluência.

Por isso é importante você revisar de forma inteligente para lembrar bem de tudo que aprender. Um recurso excelente para revisão é o Anki, que:

  • Organiza as revisões de forma super simples.
  • Utiliza a Repetição Espaçada, que é uma técnica que te relembra as coisas quando você está perto de esquecê-las,
  • Economiza tempo que você perderia revisando palavras que ainda estão frescas na memória.
  • Tudo é organizado automaticamente por eles e você só precisa entrar para revisar quando puder, preferencialmente todos os dias.

Memória infalível

Se você sente que sempre esquece o que aprende, ou quer melhorar expressivamente a sua memória, recomendo fortemente o curso de memorização do Renato Alves, o cara que conseguiu uma homologação oficial de Melhor Memória do Brasil pelo Guinness Book.

Acredite em mim, se você quer aprender qualquer coisa na sua vida, você precisa investir na sua memória.

Não existe nada pior do que estudar anos para depois desperdiçar o seu esforço por não lembrar do que aprendeu.

Consistência

Mais vale estudar 30 minutos por dia todos os dias por um ano (180 horas), do que 3 horas por dia durante um mês (90 horas), desistir e voltar só um ano depois.

O primeiro exemplo, além de ter estudado mais horas, teve uma rotina bem mais tranquila. E provavelmente manteve tudo fresco na memória, enquanto a pessoa que desistiu com certeza esqueceu muita coisa e se “enferrujou”.

Ou seja, jogou pelo menos metade das horas estudadas no lixo, por causa do que esqueceu, e precisará desperdiçar mais horas ainda com o retrabalho de recuperar o que perdeu.

Benefícios da consistência nos estudos

Resumidamente, esses são os benefícios de manter a consistência nos estudos, mesmo que com pouco tempo investido diariamente:

  • Mais horas estudadas no final
  • Rotina mais tranquila de seguir
  • Memória sempre fortalecida sem “enferrujar”
  • Sem desperdício de tempo
  • Sem frustração e culpa por desistir

Lembre-se de respeitar o seu ritmo. Escolha uma rotina de estudos que você saiba que vai aguentar a longo prazo.

Se você sente que nunca tem a disciplina necessária para manter a consistência nos estudos, esse curso pode mudar o jogo para você.

Método

Se você usa GPS no seu celular, você já percebeu que sempre existem diferentes formas de chegar no mesmo lugar.

E, com um bom GPS, você pode saber qual é o caminho mais rápido e ser mais eficiente no seu trajeto.

Da mesma forma, existem diversas maneiras de aprender idiomas, algumas boas e outras ruins. E a minha missão é ser o seu GPS, te mostrando quais são as maneiras de aprender que vão te levar à fluência mais rápido.

O próximo nível

Com esses artigos eu tenho um limite de conhecimento que posso compartilhar por vez.

Mas se você quiser conhecer o GPS completo e saber, passo a passo, como ficar fluente em um idioma o mais rápido possível,eu compartilho tudo que sei sobre o assunto no meu Ebook Aprenda um Novo Idioma em 180 Dias (ou menos).

  • Se você quer aprender uma língua estrangeira sozinho e está perdido sem saber por onde começar,
  • ou se você está confuso com tantos métodos diferentes e não sabe escolher qual é o melhor para você,

Clique aqui para conhecer o ebook e aprender idiomas em tempo recorde.

Tenho certeza que ele vai ser um divisor de águas para você!

◊ ◊ ◊

Conclusão

Eu sei que o post é longo, então se você tiver que levar três coisas com você deste artigo, que sejam as seguintes:

  • O tempo necessário para a fluência pode variar bastante, de acordo com experiência, dificuldade da língua, etc.
  • O importante é a quantidade de horas que você estuda ao invés dos anos.
  • Você pode ficar fluente mais rápido aumentando a quantidade e melhorando a qualidade das horas de aprendizado semanais.

Se você gostou do artigo e quiser conhecer o meu guia completo para aprender idiomas sozinho, clique aqui para conhecer o meu ebook.

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Otávio Bretas

Otávio Bretas

Sou carioca, apaixonado por viagens e novas culturas e minha missão é ajudar estudantes de idiomas insatisfeitos a aprender uma nova língua, de forma que aprendam quantos idiomas desejarem, de forma simples e sem dor de cabeça.

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12 Comments

  1. Sensacional essa artigo! Realmente me ajudou muito a notar alguns erros e algumas coisas que já faço sem perceber. Vou aderir a essas dicas. Obrigada!

  2. Ótimo post Otávio, tenho certeza que muita gente lê, gosta, mas não tira 30 segundo do seu tempo precioso para deixar um muito obrigado.
    Continue firme, atitudes como a sua é rara e ajuda muita gente. Parabéns!

  3. Que material INCRÍVEL, bem explicado. Já pesquisei muito sobre esse assunto, mas é a primeira vez que encontro algo tão bom. MUITO BOM MESMO.
    Parabéns.

  4. Que ótimo artigo! Excelente mesmo… completo e muito claro. Obrigada por compartilhar. Extraí muitas anotações.

    1. Muito obrigado pelo comentário, Tatiana! Fico feliz que tenha ajudado. Esse artigo especificamente levou bastante tempo para concluir. Se divirta ficando fluente!

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